domingo, 21 de outubro de 2012

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA ELABORAR UMA CARTA ARGUMENTATIVA: LEIAM COM ATENÇÃO !!!



Tese

Tese é um termo com o origem no grego "thesis" que significa "proposição". Consiste em uma asserção discutida e defendida por alguém, com base em determinadas hipóteses ou pressupostos.
A tese deve revelar a capacidade do pesquisador em sistematizar o conhecimento, revelando a capacidade do doutorando em fornecer uma contribuição para a ciência, primando pela originalidade. A tese é um documento essencial para a obtenção do grau mestre, doutor, livre-docente ou professor titular. Seus itens basilares são: revisão de literatura, rigor na argumentação e apresentação de provas, profundidade de ideias e avanço dos estudos na área. Um fator que caracteriza a tese é a originalidade.
É elaborada sob a coordenação de um orientador quando se trata de uma tese de doutorado. Em geral, a tese é produção de cerca de 200 páginas, podendo variar bastante esse número. É o trabalho final dos cursos de doutorado. Elaborado depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa correspondente; nesses casos é desenvolvida sob assistência de um orientador acadêmico. É o trabalho autônomo de pesquisador sênior, quando se trata de livre-docência ou acesso à titularidade. É defendida publicamente perante bancas de cinco ou mais doutores.
O que é argumentação?
A argumentação envolve exprimir afirmações e estabelece ligações entre elas, de modo a decidir até que ponto tais afirmações deveriam ser aceitas.É um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado.
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós.
No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.
Contra Argumento
Um contra-argumento, também conhecido como retribuição, é uma objeção a uma objeção. Um contra-argumento pode ser usado para rebater uma objeção a uma premissa, contenção principal ou lema.
Um contra-argumento pode buscar lançar dúvida sobre a veracidade de uma ou mais premissas iniciais de um argumento, ou para mostrar que os argumentos iniciais da contenção não se seguem a suas premissas de maneira válida, ou o contra-argumento pode dar pouca atenção às premissas e estrutura de inferência do argumento inicial e simplesmente tentar demonstrar a verdade de uma conclusão incompatível com o que é estipulado no argumento inicial.
Uma afirmação que apoia outra designa-se por argumento, e uma proposição que ataca outra designa-se por contra-argumento. Uma afirmação que é apoiada e/ou atacada deste modo é designada por tese: geralmente consiste numa afirmação que é contestada, duvidosa ou não obviamente aceitável com tal. Pode-se, dizer, então, que é uma objeção a uma objeção.

Contra-argumentos são ideias que você pode colocar que desfaçam a ideia ou a opinião de um texto. Por exemplo, você vai a uma loja e tentam te vender algum produto, porém você já o tem em casa e diz: Eu já tenho esse produto. Então o vendedor tentará te persuadir, dizendo: Mas esse tem tais, tais e tais tecnologias que o seu não tenha. De uma maneira bem simples isso seria um contra argumento. Em uma dissertação, contra argumentos servem para que você possa quebrar a ideia de um autor criando assim nele uma opinião contrária a qual ele se refere, ou então fazendo uma crítica a algo, que diferencie da proposta.

Outro Exemplo que engloba todos os ítens:
  • A John: Deveria impedir-se a circulação de carros no centro das cidades.
  • B Julie: Mas os deficientes motores deveriam poder fazer compras no centro das cidades!
  • C John: Mas os carros poluem!
A afirmação A "Deveria impedir-se a circulação de carros no centro das cidades." é uma tese, atacada por Julie com o contra-argumento B "Mas os deficientes motores deveriam poder fazer compras no centro das cidades!" (B constitui a razão da não aceitação de A), e apoiada por John com o argumento C "Mas os carros poluem!" (C é um argumento para a aceitação de A).
Na argumentação pode existir somente uma tese em discussão, ou então haver várias teses "em conflito" (neste caso, cada tese é de facto um contra-argumento de outra).
Construção de argumentos:
Uma vez expresso, um argumento pode ser mais ou menos elaborado ou desenvolvido. Um argumento (ou contra-argumento, ou tese) pode ser elaborado de várias maneiras, tornando-o mais claro, mais preciso, apresentando as suas consequências, dando um exemplo concreto. Para atingir os objectivos da argumentação - decidir aceitar ou não a tese - é obviamente melhor ser-se o mais claro possível e elaborar argumentos nessa conformidade! Se não se percebe o que um argumento realmente significa, não se pode, em boa verdade, afirmar até que ponto se está predisposto a aceitá-lo.
Exemplo:
A Jonh: Deveria impedir-se os carros de entrar no centro das cidades.
B Julie: Pois eu concordo.
C John: Bom, acima de tudo estou a pensar nos jipes com tração às 4 rodas. São esses que poluem mais.
Dados que John exprimiu uma afirmação que se assume como a sua tese (A), e uma vez que Julie exprime uma opinião que lhe é desfavorável, ele elabora sobre o que quis dizer, tornando mais preciso o tipo de carro a que estava se referindo; junta-lhe também um argumento para a sua tese que fica mais bem definida ( carros com tração às 4 rodas poluem mais).
1. Tipos de Argumentos
A classificação dos discursos argumentativos varia bastante conforme os autores. Vamos centrar a nossa atenção em apenas quatro tipos:
- Dedutivos
- Indutivos
- Analógicos
- Falaciosos
Argumentos dedutivos (tipo silogísticos). Nestes argumentos a verdade das premissas assegura a verdade da conclusão. Se as premissas forem verdadeiras, e o seu encadeamento adequado, a conclusão será necessariamente verdadeira. Os argumentos dedutivos não acrescentam nada de novo ao que sabemos. Em outras palavras, uma forma de raciocínio que geralmente parte de uma verdade universal e chega a uma verdade menos universal ou singular. Esta forma de raciocínio é válida quando suas premissas, sendo verdadeiras, fornecem provas evidentes para sua conclusão. Sua característica principal é a necessidade, uma vez que nós admitimos como verdadeira as premissas teremos que admitir a conclusão como verdadeira, pois a conclusão decorre necessariamente das premissas. Dessa forma, o argumento deve ser considerado válido.
“Um raciocínio dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras, fornecem provas convincentes para sua conclusão, isto é, quando as premissas e a conclusão estão de tal modo relacionados que é absolutamente impossível as premissas serem verdadeiras se a conclusão tampouco for verdadeira”.Geralmente os argumentos dedutivos são estéreis, uma vez que eles não apresentam nenhum conhecimento novo. Como dissemos, a conclusão já está contida nas premissas. A conclusão nunca vai além das premissas. Mesmo que a ciência não faça tanto uso da dedução em suas descobertas, exceto a matemática, ela continua sendo o modelo de rigor dentro da lógica.
Exemplo:
Todos os homens são mortais. João é homem. Logo, João é mortal.
Argumentos indutivos. Neste caso, a conclusão ultrapassa o conteúdo das premissas. Embora estas possam ser verdadeiras, a conclusão é apenas provável.
Exemplo:
Todos banhistas observados até hoje estavam queimados pelo sol. Logo, o próximo banhista que for observado estará queimado pelo sol. (argumento indutivo - generalização, previsão)
Argumento por Analogia. Neste tipo de argumentos parte-se da semelhança entre duas coisas, para se concluir que a propriedade de uma é a mesma que podemos encontrar na outra. As diferenças especificas são ignoradas.
Exemplo:
Marte é um astro como a Terra. A Terra é habitada. Logo, Marte é também habitado. 
Falácias
Argumentos com aparência de verdadeiros ou válidos, mas falsos e inválidos
Nova Retórica
No século XX, Pareleman, propôs uma nova classificação para os argumentos com base no seu conteúdo:
a) Argumentos Quase Lógicos. A sua estrutura formal confere às suas conclusões uma aparência lógica irrefutável.
Ex. A pena de morte é contraditória com a intenção de querer prevenir a violência, uma vez que matar é sempre um ato de violência.
b) Argumentos baseados na Estrutura do Real. A sua estrutura está baseada em factos reais. As conclusões, por este motivo, têm implícita a ideia que são susceptíveis de serem confirmadas.
Ex. Há crimes que destroem vidas humanas, logo os seus autores devem ser castigados de acordo com a natureza dos seus atos.
c) Argumentos que fundam a Estrutura do Real. A sua estrutura está baseada em princípios universais, que se supõem estruturarem a realidade. As conclusões decorrem destes princípios, impondo-se aparentemente como necessárias.
Este tipo de raciocínios partem de casos conhecidos que são assumidos como modelos ou regras gerais. A argumentação tem por objetivo passar destes casos particular para uma generalização dos exemplos.
Ex. A Igualdade de todos os cidadãos perante a Lei é um princípio sagrado da Justiça e da coesão social; Sem o respeito por este princípio, qualquer sociedade desagrega-se.       
Argumentos formais e Argumentos informais
A fim de dar credibilidade e mostrar mais autoridade sobre o que diz, e até mesmo para não comprometer a clareza do texto, o orador deve, estrategicamente, utilizar-se de uma linguagem formal. Argumentos Formais são estudados na lógica formal (historicamente chamada lógica simbólica, mais comumente referida como lógica matemática) e são expressos em uma linguagem formal. Lógica informal pode chamar a atenção para o estudo da argumentação, que enfatiza implicação, lógica formal e de inferência.
Argumentos informais são estudados na lógica informal. São apresentados em linguagem comum e se destinam a ser o nosso discurso diário.
Argumentação por citação ou Argumento de Autoridade
Sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que pensam como nós acerca do tema em evidência.
Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma informação extraída de outra fonte.
A citação pode ser apresentada assim:
Assim parece ser porque, para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras”. A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade intelectual de compreender que a regra expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada.
Neste tipo de argumento, a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. A citação pode auxiliar e deixar consistente a tese.
Não se esqueça de que a frase citada deve vir entre aspas. Veja:
O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca vistos antes. “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” - a famosa frase-conceito do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado.
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal estratégia poderá funcionar bem.
Argumentação por comprovação
A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham.
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado.
Argumentação por raciocínio lógico
A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode ser contestada.
Argumento por Causa e Consequência: para comprovar uma tese, você pode buscar as relações de causa (os motivos, os porquês) e de consequência (os efeitos). Observe:
Ao se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica.
São Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é piorar ainda mais o congestionamento – o que leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos. 
Argumento de Exemplificação ou Ilustração:
A exemplificação consiste no relato de um pequeno fato (real ou fictício). Esse recurso argumentativo é amplamente usado quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclarecimentos com mais dados concretos. Veja o texto abaixo:
A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é propriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com a corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que assegurava sermos todos corruptos.
Somos mesmo?
Um rápido olhar sobre nossas práticas cotidianas registra a amplitude e a profundidade da corrupção, em várias intensidades.
Há a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo, a da secretária da repartição pública que engorda seu salário datilografando trabalhos “para fora”, utilizando máquina, papel e tempo que deveriam servir à instituição. Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que os salários públicos são baixos. Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não luta por melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez, não “funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garante proteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a liquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo.
Argumento de Provas Concretas ou Princípio: ao empregarmos os argumentos baseados em provas concretas, buscamos evidenciar nossa tese por meio de informações concretas, extraídas da realidade. Podem ser usados dados estatísticos ou falsos ou fatos notórios (de domínio público).
São expedientes bem eficientes, pois, diante de fatos, não há o que questionar...
No caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave. De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que dobrou ao longo dos últimos 20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27 por mil habitantes. Entre homens jovens (de 15 a 24 anos), o índice sobe a incríveis 95,6 por mil habitantes.
Redação - Argumentos
Como vemos, a dissertação e a argumentação aparecem muitas vezes como se fossem iguais nos livros didáticos. Porém, uma e outra têm características próprias.
A dissertação tem como objetivo principal expor, explicar ou interpretar ideias. Na dissertação explicamos o que sabemos (ou o que pensamos que sabemos) sobre um assunto: a nossa opinião é dada apenas sobre o que é ou o que parece ser.
Já na argumentação, além de expor o assunto, tentamos principalmente formar a opinião do leitor e tentamos convencê-lo de que estamos com a verdade.
Tipos de argumentos na redação:
Argumentação por causa e consequência: O principal elemento constitutivo das redações dissertativas está na relação entre o ponto de vista e argumentação. O mais importante do texto dissertativo é o processo de argumentar, de fundamentar competentemente aquilo que se afirma. As causas são as justificativas de nossas opiniões. As consequências ou conclusões, são as decorrências ou os desdobramentos da opinião, do ponto de vista defendido.
Ao se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica.
São Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é piorar ainda mais o congestionamento – o que leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos. (Adaptado de Folha de S. Paulo. 01/10/2000)
Argumentos universais: saberes universalmente aceites porque foram demonstrados factualmente e / ou cientificamente.
Também temos...
Argumentos de singularidade: algo ou alguém é apresentado pela sua singularidade / diferença.
Argumentos por analogia: argumentos baseados em semelhanças e aproximações.
Argumentos históricos: exemplos da tradição e experiência histórica.
Argumentos exemplares: comportamentos e personalidades vistos como exemplo ou virtude a seguir.
Argumentos proverbiais ou de sabedoria popular: citação da voz e consciência comum.
Argumentos experienciais: experiências já vividas.
Estratégias x argumentos
As estratégias não podem ser confundidas com os argumentos. Estes, como já visto, respondem à pergunta "por quê?" As estratégias são, na verdade, os meios (verbais e não-verbais) utilizados pelo orador para atrair, convencer melhor, suscitar mais credibilidade, como por exemplo:
A Clareza
O orador, para se fazer entender, busca ser claro para que tenha a adesão de seu auditório à sua ideia defendida. A clareza, portanto, não é um argumento, mas uma estratégia a fim de fazer o auditório ter seu espírito esclarecido quanto ao que é exposto.
Título ou Início do texto
O título e/ ou o início devem ser usados estrategicamente para prender a atenção do leitor/ ouvinte de imediato. De nada valem os argumentos se não são lidos/ ouvidos.
Operadores Argumentativos
Os operadores argumentativos são certos elementos da língua, explícitos na própria estrutura gramatical da frase cuja finalidade é a de indicar a argumentatividade dos enunciados. Introduzem variados tipos de argumentos. As palavras que funcionam como operadores argumentativos são os conectivos, os advérbios e outras palavras que, dependendo do contexto, não se enquadram em nenhuma das dez categorias gramaticais.
Os operadores argumentativos são utilizados para introduzir vários tipos de argumentos. Os mais comuns são:
Operadores que introduzem argumentos que se somam a outro, tendo em vista a mesma conclusão: e, nem, também, não só... mas também, além disso, etc.
Operadores que introduzem enunciados que exprimem conclusão ao que foi expresso anteriormente: logo, portanto, então, conseqüentemente, etc.
Operadores que introduzem argumentos que se contrapõe a outro visando a uma conclusão contrária: mas, porém, todavia, embora, ainda que, apesar de, etc.
Operadores que introduzem argumentos alternativos: ou... ou, quer... quer, seja... seja, etc.
Operadores que estabelecem relações de comparação: mais que, menos que, tão... quanto, tão... como, etc.
Operadores que estabelecem relação de justificativa, explicação em relação a enunciado anterior: pois, porque, que, etc.
Operadores cuja função é introduzir enunciados pressupostos: agora, ainda, já, até, etc.
Operadores cuja função é introduzir enunciados, que visa esclarecer um enunciado anterior: isto é, em outras palavras, seja, etc.
Operadores cuja função é orientar a conclusão para uma afirmação ou negação: quase, apenas só, somente, etc.
Operador argumentativo é o morfema que transforma as potencialidades argumentativas de um enunciado.
Por exemplo, vejamos estes dois enunciados:
(a’) São oito horas
(a”) São apenas oito horas
No primeiro caso (a’) há somente o conteúdo. O operador argumentativo "apenas" é um operador se as possibilidades de argumentação do primeiro enunciado não são as mesmas independentemente das informações veiculadas pelo discurso.
Os operadores argumentativos mais utilizados são: até, até mesmo, inclusive, pouco, ainda, já, na verdade, aliás, pelo menos etc.
ATÉ: Institui uma escala de valores. O objeto a que se refere pode estar no topo da lista ou no final. Transmite a avaliação do autor e direciona o ponto de vista do leitor.
ATÉ MESMO: Argumenta positiva- e negativamente. Refere-se a algo que detem mais importância pelo acréscimo ou pela falta de algo ou alguém.
POUCO / UM POUCO: Entre os dois operadores há uma distância. Se o autor aforma que algo é pouco não há uma argumentação tão forte quanto em um pouco. Um pouco pode argumentar negativa e positivamente.
AINDA: Aqui há dois sentidos possíveis. Um denota excesso temporal, ou seja, já passou do tempo. O outro, introduz mais um elemento no discurso.
JÁ: Pode marcar uma antecipação ou uma mudança de estado. Pode também marcar uma urgência em relação a algo.
Há também o caso em que o "já" pode ser substituído por "enquanto". Quando isso ocorre, ele trata de duas coisas paralelas. Assim, não terá mais a função de um operador argumentativo, mas de uma conjunção.
Por exemplo: Ana é boa aluna, já Carina nunca faz o tema.
NA VERDADE: Introduz a versão final de um argumento:: uma nova versão, ou uma contraposição de dois argumentos.
ALIÁS: Introduz um argumento decisivo. O que se pode chamar de um "golpe final".
                Bibliografia:
            http://www.grupoescolar.com/pesquisa/dicas-de-redacao--argumentos.html
            http://portugues-fcr.blogspot.com.br/2011/11/tipos-de-argumentos.html
            http://www.brasilescola.com/redacao/a-argumentacao.htm
            Slide “Congregação das Filhas do Amor Divino – Colégio Nossa Senhora das Neves - 2ª Série do Ensino Médio/ Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura I / Professor Marlyton
            http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110807065827AAVokhi
Alunos Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht
                Ingrid Soyeon
                Micaías Alves
                Mariana do Nascimento Magariños Marques