Tese
Tese
é um termo com o origem no grego "thesis" que significa
"proposição". Consiste em uma asserção discutida e defendida por
alguém, com base em determinadas hipóteses ou pressupostos.
A
tese deve revelar a capacidade do pesquisador em sistematizar o conhecimento,
revelando a capacidade do doutorando em fornecer uma contribuição para a
ciência, primando pela originalidade. A tese é um documento essencial para a
obtenção do grau mestre, doutor, livre-docente ou professor titular. Seus itens
basilares são: revisão de literatura, rigor na argumentação e apresentação de
provas, profundidade de ideias e avanço dos estudos na área. Um fator que
caracteriza a tese é a originalidade.
É
elaborada sob a coordenação de um orientador quando se trata de uma tese de
doutorado. Em geral, a tese é produção de cerca de 200 páginas, podendo variar
bastante esse número. É o trabalho final dos cursos de doutorado. Elaborado
depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa correspondente;
nesses casos é desenvolvida sob assistência de um orientador acadêmico. É o
trabalho autônomo de pesquisador sênior, quando se trata de livre-docência ou
acesso à titularidade. É defendida publicamente perante bancas de cinco ou mais
doutores.
O que é argumentação?
A argumentação envolve exprimir afirmações e
estabelece ligações entre elas, de modo a decidir até que ponto tais afirmações
deveriam ser aceitas.É um recurso que tem como propósito convencer alguém, para
que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado.
Sempre que argumentamos, temos o intuito de
convencer alguém a pensar como nós.
No momento da construção textual, os
argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o
propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.
Contra
Argumento
Um contra-argumento,
também conhecido como retribuição, é uma objeção a uma objeção. Um contra-argumento pode ser usado para
rebater uma objeção a uma premissa, contenção principal ou lema.
Um contra-argumento pode
buscar lançar dúvida sobre a veracidade de uma ou mais premissas iniciais de um
argumento, ou para mostrar que os argumentos iniciais da contenção não se
seguem a suas premissas de maneira válida, ou o contra-argumento pode dar pouca
atenção às premissas e estrutura de inferência do argumento inicial e
simplesmente tentar demonstrar a verdade de uma conclusão incompatível com o
que é estipulado no argumento inicial.
Uma afirmação que apoia outra designa-se por argumento,
e uma proposição que ataca outra designa-se por contra-argumento. Uma
afirmação que é apoiada e/ou atacada deste modo é designada por tese:
geralmente consiste numa afirmação que é contestada, duvidosa ou não obviamente
aceitável com tal. Pode-se, dizer, então, que é uma objeção a uma objeção.
Contra-argumentos são ideias que você pode colocar
que desfaçam a ideia ou a opinião de um texto. Por exemplo, você vai a uma loja
e tentam te vender algum produto, porém você já o tem em casa e diz: Eu já
tenho esse produto. Então o vendedor tentará te persuadir, dizendo: Mas esse
tem tais, tais e tais tecnologias que o seu não tenha. De uma maneira bem
simples isso seria um contra argumento. Em uma dissertação, contra argumentos
servem para que você possa quebrar a ideia de um autor criando assim nele uma
opinião contrária a qual ele se refere, ou então fazendo uma crítica a algo,
que diferencie da proposta.
Outro Exemplo que engloba todos
os ítens:
- A John: Deveria impedir-se a circulação de carros no centro das cidades.
- B Julie: Mas os deficientes motores deveriam poder fazer compras no centro das cidades!
- C John: Mas os carros poluem!
A afirmação A
"Deveria impedir-se a circulação de carros no centro das cidades." é
uma tese, atacada por Julie com o contra-argumento B "Mas os
deficientes motores deveriam poder fazer compras no centro das cidades!"
(B constitui a razão da não aceitação de A), e apoiada por John com o argumento
C "Mas os carros poluem!" (C é um argumento para a aceitação de
A).
Na argumentação pode
existir somente uma tese em discussão, ou então haver várias teses "em
conflito" (neste caso, cada tese é de facto um contra-argumento de outra).
Construção de argumentos:
Uma vez expresso, um
argumento pode ser mais ou menos elaborado ou desenvolvido. Um argumento (ou
contra-argumento, ou tese) pode ser elaborado de várias maneiras, tornando-o
mais claro, mais preciso, apresentando as suas consequências, dando um exemplo
concreto. Para atingir os objectivos da argumentação - decidir aceitar ou não a
tese - é obviamente melhor ser-se o mais claro possível e elaborar argumentos
nessa conformidade! Se não se percebe o que um argumento realmente significa,
não se pode, em boa verdade, afirmar até que ponto se está predisposto a
aceitá-lo.
Exemplo:
A Jonh: Deveria impedir-se os carros de
entrar no centro das cidades.
B Julie: Pois eu concordo.
C John: Bom, acima de tudo estou a pensar nos
jipes com tração às 4 rodas. São esses que poluem mais.
Dados que John exprimiu uma afirmação que se
assume como a sua tese (A), e uma vez que Julie exprime uma opinião que lhe é
desfavorável, ele elabora sobre o que quis dizer, tornando mais preciso o tipo
de carro a que estava se referindo; junta-lhe também um argumento para a sua
tese que fica mais bem definida ( carros com tração às 4 rodas poluem mais).
1.
Tipos de Argumentos
A classificação dos discursos argumentativos
varia bastante conforme os autores. Vamos centrar a nossa atenção em apenas
quatro tipos:
- Dedutivos
- Indutivos
- Analógicos
- Falaciosos
Argumentos dedutivos (tipo silogísticos).
Nestes argumentos a verdade das premissas assegura a verdade da conclusão. Se
as premissas forem verdadeiras, e o seu encadeamento adequado, a conclusão será
necessariamente verdadeira. Os argumentos dedutivos não acrescentam nada de
novo ao que sabemos. Em outras
palavras, uma forma de raciocínio que geralmente parte de uma verdade universal
e chega a uma verdade menos universal ou singular. Esta forma de raciocínio é
válida quando suas premissas, sendo verdadeiras, fornecem provas evidentes para
sua conclusão. Sua característica principal é a necessidade, uma vez que nós
admitimos como verdadeira as premissas teremos que admitir a conclusão como
verdadeira, pois a conclusão decorre necessariamente das premissas. Dessa
forma, o argumento deve ser considerado válido.
“Um raciocínio dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras,
fornecem provas convincentes para sua conclusão, isto é, quando as premissas e
a conclusão estão de tal modo relacionados que é absolutamente impossível as
premissas serem verdadeiras se a conclusão tampouco for verdadeira”.Geralmente
os argumentos dedutivos são estéreis, uma vez que eles não apresentam nenhum
conhecimento novo. Como dissemos, a conclusão já está contida nas premissas. A
conclusão nunca vai além das premissas. Mesmo que a ciência não faça tanto uso
da dedução em suas descobertas, exceto a matemática, ela continua sendo o
modelo de rigor dentro da lógica.
Exemplo:
Todos os homens são mortais. João é homem.
Logo, João é mortal.
Argumentos indutivos. Neste caso, a conclusão
ultrapassa o conteúdo das premissas. Embora estas possam ser verdadeiras, a
conclusão é apenas provável.
Exemplo:
Todos banhistas observados até hoje estavam
queimados pelo sol. Logo, o próximo banhista que for observado estará queimado
pelo sol. (argumento indutivo - generalização, previsão)
Argumento por Analogia. Neste tipo de
argumentos parte-se da semelhança entre duas coisas, para se concluir que a
propriedade de uma é a mesma que podemos encontrar na outra. As diferenças
especificas são ignoradas.
Exemplo:
Marte é um astro como a Terra. A Terra é
habitada. Logo, Marte é também habitado.
Falácias
Argumentos com aparência de verdadeiros ou
válidos, mas falsos e inválidos
Nova
Retórica
No século XX, Pareleman, propôs uma nova
classificação para os argumentos com base no seu conteúdo:
a) Argumentos Quase Lógicos. A sua estrutura
formal confere às suas conclusões uma aparência lógica irrefutável.
Ex. A pena de morte é contraditória com a
intenção de querer prevenir a violência, uma vez que matar é sempre um ato de
violência.
b) Argumentos baseados na Estrutura do Real.
A sua estrutura está baseada em factos reais. As conclusões, por este motivo,
têm implícita a ideia que são susceptíveis de serem confirmadas.
Ex. Há crimes que destroem vidas humanas,
logo os seus autores devem ser castigados de acordo com a natureza dos seus
atos.
c) Argumentos que fundam a Estrutura do Real.
A sua estrutura está baseada em princípios universais, que se supõem
estruturarem a realidade. As conclusões decorrem destes princípios, impondo-se
aparentemente como necessárias.
Este tipo de raciocínios partem de casos
conhecidos que são assumidos como modelos ou regras gerais. A argumentação tem
por objetivo passar destes casos particular para uma generalização dos
exemplos.
Ex. A Igualdade de todos os cidadãos perante
a Lei é um princípio sagrado da Justiça e da coesão social; Sem o respeito por
este princípio, qualquer sociedade desagrega-se.
Argumentos formais e Argumentos
informais
A fim de dar credibilidade e mostrar mais autoridade sobre o
que diz, e até mesmo para não comprometer a clareza do texto, o orador deve,
estrategicamente, utilizar-se de uma linguagem formal. Argumentos Formais são estudados na lógica formal
(historicamente chamada lógica simbólica, mais comumente referida como lógica
matemática) e são expressos em uma linguagem formal. Lógica informal pode
chamar a atenção para o estudo da argumentação, que enfatiza implicação, lógica
formal e de inferência.
Argumentos informais são estudados na lógica informal. São apresentados
em linguagem comum e se destinam a ser o nosso discurso diário.
Argumentação por citação ou Argumento
de Autoridade
Sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas
‘consagradas’, que pensam como nós acerca do tema em evidência.
Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma informação extraída
de outra fonte.
A citação pode ser apresentada assim:
Assim parece ser porque, para
Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda
moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas
regras”. A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade intelectual
de compreender que a regra expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada.
Neste
tipo de argumento, a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável,
que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa,
uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum
pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. A citação pode auxiliar e
deixar consistente a tese.
Não
se esqueça de que a frase citada deve vir entre aspas. Veja:
O
cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca
vistos antes. “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” - a famosa
frase-conceito do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para
explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado.
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal
estratégia poderá funcionar bem.
Argumentação por comprovação
A sustentação da argumentação se dará a partir das informações
apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham.
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista
equivocado.
Argumentação por raciocínio
lógico
A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para
demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de
uma interpretação pessoal que pode ser contestada.
Argumento por Causa e
Consequência: para
comprovar uma tese, você pode buscar as relações de causa (os motivos, os
porquês) e de consequência (os efeitos). Observe:
Ao
se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não
se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de
sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica.
São
Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no
início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o número
de veículos, a tendência é piorar ainda mais o congestionamento – o que leva
técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos.
Argumento de Exemplificação
ou Ilustração:
A
exemplificação consiste no relato de um pequeno fato (real ou fictício). Esse
recurso argumentativo é amplamente usado quando a tese defendida é muito
teórica e carece de esclarecimentos com mais dados concretos. Veja o texto
abaixo:
A
condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é
propriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com a
corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que
assegurava sermos todos corruptos.
Somos
mesmo?
Um
rápido olhar sobre nossas práticas cotidianas registra a amplitude e a
profundidade da corrupção, em várias intensidades.
Há
a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo, a da
secretária da repartição pública que engorda seu salário datilografando
trabalhos “para fora”, utilizando máquina, papel e tempo que deveriam servir à
instituição. Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que
os salários públicos são baixos. Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não
luta por melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez,
não “funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro
em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garante
proteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a
liquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo.
Argumento de Provas
Concretas ou Princípio:
ao empregarmos os argumentos baseados em provas concretas, buscamos evidenciar
nossa tese por meio de informações concretas, extraídas da realidade. Podem ser
usados dados estatísticos ou falsos ou fatos notórios (de domínio público).
São
expedientes bem eficientes, pois, diante de fatos, não há o que questionar...
No
caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave. De
acordo com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que
dobrou ao longo dos últimos 20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27
por mil habitantes. Entre homens jovens (de 15 a 24 anos), o índice sobe a
incríveis 95,6 por mil habitantes.
Redação - Argumentos
Como
vemos, a dissertação e a argumentação aparecem muitas vezes como se fossem
iguais nos livros didáticos. Porém, uma e outra têm características próprias.
A dissertação tem como objetivo principal expor,
explicar ou interpretar ideias. Na dissertação explicamos o que sabemos (ou o
que pensamos que sabemos) sobre um assunto: a nossa opinião é dada apenas sobre
o que é ou o que parece ser.
Já na argumentação, além de expor o assunto, tentamos
principalmente formar a opinião do leitor e tentamos convencê-lo de que estamos
com a verdade.
Tipos de argumentos na
redação:
Argumentação
por causa e consequência: O principal elemento constitutivo das redações
dissertativas está na relação entre o ponto de vista e argumentação. O mais
importante do texto dissertativo é o processo de argumentar, de fundamentar
competentemente aquilo que se afirma. As causas são as justificativas de nossas
opiniões. As consequências ou conclusões, são as decorrências ou os
desdobramentos da opinião, do ponto de vista defendido.
Ao
se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não
se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de
sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica.
São
Paulo só chegou a esse caos porque
um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos
ter metrô. Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é piorar
ainda mais o congestionamento – o que leva técnicos a preverem como inevitável
a implantação de perigos. (Adaptado de Folha de S. Paulo. 01/10/2000)
Argumentos
universais: saberes universalmente aceites porque foram demonstrados
factualmente e / ou cientificamente.
Também temos...
Argumentos de singularidade: algo ou alguém é apresentado pela sua
singularidade / diferença.
Argumentos por analogia: argumentos baseados em semelhanças e
aproximações.
Argumentos históricos: exemplos da tradição e experiência
histórica.
Argumentos exemplares: comportamentos e personalidades vistos
como exemplo ou virtude a seguir.
Argumentos proverbiais ou de sabedoria popular: citação da voz
e consciência comum.
Argumentos experienciais: experiências já vividas.
Estratégias x argumentos
As estratégias não podem ser confundidas com os argumentos. Estes, como já visto,
respondem à pergunta "por quê?" As estratégias são, na verdade, os
meios (verbais e não-verbais) utilizados pelo orador para atrair, convencer
melhor, suscitar mais credibilidade, como por exemplo:
A Clareza
O
orador, para se fazer entender, busca ser claro para que tenha a adesão de seu
auditório à sua ideia defendida. A clareza, portanto, não é um argumento, mas
uma estratégia a fim de fazer o auditório ter seu espírito esclarecido quanto
ao que é exposto.
Título ou Início do texto
O
título e/ ou o início devem ser usados estrategicamente para prender a atenção
do leitor/ ouvinte de imediato. De nada valem os argumentos se não são lidos/
ouvidos.
Operadores
Argumentativos
Os
operadores argumentativos são certos elementos da língua, explícitos na própria estrutura gramatical da frase cuja finalidade é a de indicar a argumentatividade dos enunciados. Introduzem variados tipos de
argumentos. As palavras que funcionam como operadores argumentativos são os conectivos, os advérbios e outras palavras que, dependendo do contexto, não se enquadram em
nenhuma das dez categorias gramaticais.
Os operadores
argumentativos são utilizados para introduzir vários tipos de argumentos. Os
mais comuns são:
Operadores que introduzem argumentos que se somam a
outro, tendo em vista a mesma conclusão: e, nem, também, não só... mas também,
além disso, etc.
Operadores que introduzem enunciados que exprimem
conclusão ao que foi expresso anteriormente: logo, portanto, então,
conseqüentemente, etc.
Operadores que introduzem argumentos que se
contrapõe a outro visando a uma conclusão contrária: mas, porém, todavia,
embora, ainda que, apesar de, etc.
Operadores que introduzem argumentos alternativos:
ou... ou, quer... quer, seja... seja, etc.
Operadores que estabelecem relações de comparação:
mais que, menos que, tão... quanto, tão... como, etc.
Operadores que estabelecem relação de
justificativa, explicação em relação a enunciado anterior: pois, porque, que,
etc.
Operadores cuja função é introduzir enunciados
pressupostos: agora, ainda, já, até, etc.
Operadores cuja função é introduzir enunciados, que
visa esclarecer um enunciado anterior: isto é, em outras palavras, seja, etc.
Operadores cuja função é orientar a conclusão para
uma afirmação ou negação: quase, apenas só, somente, etc.
Operador
argumentativo é o morfema que transforma as potencialidades argumentativas de
um enunciado.
Por
exemplo, vejamos estes dois enunciados:
(a’)
São oito horas
(a”)
São apenas oito horas
No
primeiro caso (a’) há somente o conteúdo. O operador argumentativo
"apenas" é um operador se as possibilidades de argumentação do
primeiro enunciado não são as mesmas independentemente das informações
veiculadas pelo discurso.
Os
operadores argumentativos mais utilizados são: até, até mesmo, inclusive,
pouco, ainda, já, na verdade, aliás, pelo menos etc.
ATÉ:
Institui uma escala de valores. O objeto a que se refere pode estar no topo da
lista ou no final. Transmite a avaliação do autor e direciona o ponto de vista
do leitor.
ATÉ
MESMO: Argumenta positiva- e negativamente. Refere-se a algo que detem mais
importância pelo acréscimo ou pela falta de algo ou alguém.
POUCO
/ UM POUCO: Entre os dois operadores há uma distância. Se o autor aforma que
algo é pouco não há uma argumentação tão forte quanto em um pouco. Um pouco
pode argumentar negativa e positivamente.
AINDA:
Aqui há dois sentidos possíveis. Um denota excesso temporal, ou seja, já passou
do tempo. O outro, introduz mais um elemento no discurso.
JÁ:
Pode marcar uma antecipação ou uma mudança de estado. Pode também marcar uma
urgência em relação a algo.
Há
também o caso em que o "já" pode ser substituído por
"enquanto". Quando isso ocorre, ele trata de duas coisas paralelas.
Assim, não terá mais a função de um operador argumentativo, mas de uma
conjunção.
Por
exemplo: Ana é boa aluna, já Carina nunca faz o tema.
NA
VERDADE: Introduz a versão final de um argumento:: uma nova versão, ou uma
contraposição de dois argumentos.
ALIÁS:
Introduz um argumento decisivo. O que se pode chamar de um "golpe
final".
Bibliografia:
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/dicas-de-redacao--argumentos.html
http://portugues-fcr.blogspot.com.br/2011/11/tipos-de-argumentos.html
http://www.brasilescola.com/redacao/a-argumentacao.htm
Slide “Congregação das Filhas do
Amor Divino – Colégio Nossa Senhora das Neves - 2ª Série do Ensino Médio/
Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura I / Professor Marlyton
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110807065827AAVokhi
Alunos
Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht
Ingrid Soyeon
Micaías Alves
Mariana do Nascimento Magariños Marques
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bom!!!! essas são formas de "linguagem" essenciais para o nosso dia-dia e em certos casos para nossa carreira profissional.
ResponderExcluirTurma: 2003
Obrigada, Ricardo!
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