domingo, 11 de novembro de 2012

APENAS PARA REFLEXÃO -PENSAMENTOS ÍNTIMOS



A semântica do Discurso
         Pensando na reação de um colega meu, a cerca de um fala minha, entendi que enfrentar o poder nas relações íntimas é uma questão desconfortável. E digo mais, não é nada atrativo e provoca até certa repulsa. Estávamos conversando e mencionei que o amor é igual à justiça, a justiça é igual ao poder e o poder é igual ao amor. Ele fez cara de quem não gostou e disse que concordava em parte. Não podia aceitar que poder tenha algo em comum com o amor. Para ele, são coisas opostas.
         Não obstante a esta reação opositiva, pude identificar o significado que ele dava ao poder e percebi que, assim como pensam muitas pessoas, o associava com autoridade ditatorial.
         É primoroso perceber que poder, na acepção certa da palavra, é o potencial que uma pessoa possui, e que lhe permite influir no pensamento, opinião e até no comportamento de outros. Este é poder! Nada tem a ver com ditadura, autoritarismo, domínio, submissão cega a um determinado comando de uma pessoa hierarquicamente superior.
         Deve-se observar que, muita gente, mesmo as chamadas “bem letradas”, pode confundir autoridade com autoritário e seguem equivocando-se, quando deixam de levar em conta que autoridade é um direito conquistado, uma posição que confere o privilégio de decidir, atuar, de se fazer obedecer sem impor. É preciso entender que o poder/amor do qual sigo falando, é ponto de equilíbrio para se relacionar adequadamente com os outros, seja qual for a posição.
         Saber usar o poder é uma ciência é uma arte. Ciência porque implica em objetividade e precisão na interpretação das situações e eventos. Arte, porque depende da criatividade e sensibilidade do indivíduo. A literatura ensaia toda sorte de amor, porém o mais interessante é que nunca o trata como submissão, mas com fonte de inspiração. Poder é, então, fonte de inspiração para aqueles o qual se dirige.
         Também, deve-se atentar para o fato de que o ditador é uma aberração, é o desvio do poder, na maioria das vezes, é a máscara de pessoas de personalidade fraca, escondida atrás de uma figura poderosa ou, muitas vezes, um covarde, que se amoita por trás de uma fachada de valente.
         Esta personalidade autoritária é construída, muitas vezes, ao longo de uma vida em que determinadas pessoas foram expostas a pais carrascos, mães dominadoras ou professores abusivos. Pessoas que ficam marcadas para o resto da vida, por este comportamento de autoafirmação. Então, não aprendem a fazer uso adequado do poder, logo não conseguem se entregar para o amor, o verdadeiro amor é justo, e, consequentemente, o autoritário tem grande dificuldade em fazer justiça. Justiça não é ficar do lado do mais fraco, é princípio moral. Um livro muito conhecido na área do Direito, retrata muito bem esse sentimento "A REPÚBLICA" de Platão, nele , podemos entender que “justiça é o que reserva a cada um em sua parte, seu lugar, sua função, preservando assim a harmonia hierarquizada do conjunto". Enfim, a JUSTIÇA não existirá se a fizermos de acordo com que achamos certo, e sim com que é certo.
         O resultado de toda esta avalanche de emoções, é que, o autoritário, subjugado pela falta de poder e de amor, algumas vezes, são pessoas boazinhas, noutras vezes são cruéis. Perdem o liame do equilíbrio, da sensibilidade e flutuam entre a vítima e o carrasco. É muito comum, pessoas com este perfil, sentir-se mais próximo dos fracos e frágeis, já que estes o fazem sentirem-se mais senhores de si. Já que nunca serão ameaças verdadeiras e por conta disso, não vão abalar suas muralhas bem construídas. E necessário tratar o poder com consciência e bom senso, a fim de que as relações não se compliquem mais do que já são, caso contrário, haverá muita dor, tristeza e lágrimas de ambos os lados. Pelo menos é o que penso por agora...

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A PONTUAÇÃO DE UM TEXTO

            Os sinais de pontuação são usados para estruturar as frases escritas de forma lógica, a fim de que elas tenham significado. A pontuação é tão importante na linguagem escrita quanto à entonação, os gestos, as pausas e até o tom de voz, são na linguagem oral. Bem empregados, os sinais de pontuação são um grande recurso expressivo:

"Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! Despertar?”(Almeida Garret)
Mal colocados, no entanto, eles podem provocar confusão ou até mudar o sentido das frases:
Raquel não me respondeu. Quando a procurei, já era tarde.
Raquel não me respondeu quando a procurei. Já era tarde.

Assim, o que é pontuação?

                Pontuação é o recurso que permite expressar na língua escrita um aspecto de matizes rítmicas e melódicas características da língua falada, pelo uso de um conjunto sistematizado de sinais gráficos e não gráficos.

O que são sinais de pontuação?

                Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:
1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura;
2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;
3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade. Os sinais de pontuação mais comuns, e, que dão maior clareza e simplicidade ao texto são:

Vírgula,
Ponto e vírgula,
Dois pontos,
Ponto final
Ponto de interrogação,
Ponto de exclamação,
Reticências,
Parênteses,
Parênteses
Travessão e aspas.

I. O ponto

            O ponto (ou ponto final) é utilizado basicamente no final de uma frase declarativa:
"Não sou poeta e estou sem assunto." (Fernando Sabino)
            Alguns gramáticos chamam de ponto final, apenas o ponto que encerra uma sentença. Ao ponto seguido por outras frases chamam de ponto simples. Além de finalizar um período, o ponto é utilizado em abreviaturas (ponto abreviativo: etc., h., S. Paulo) e é muito usado quando apenas uma vírgula bastaria. É um recurso estilístico:
"Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara." (Graciliano Ramos)
Corintianos lotam o estádio. E rezam

II. A vírgula

            A vírgula, em seus vários usos, é fundamental para a correta entoação e interpretação da frase escrita. Como simples sinal de pausa, ela indica um tempo geralmente menor que o do ponto. Todo cuidado, porém, é pouco para que ela não seja empregada como sinal de pausa em situações equivocadas. Compare o ponto e a vírgula como sinal de pausa:
Era de noite, as janelas se fechavam.
Era de noite. As janelas se fechavam.

O emprego da vírgula

            O uso da vírgula é basicamente regulado pela sintaxe. Assim, nem toda pausa é marcada por vírgula:
            Seus grandes e valorosos serviços em prol da causa revolucionária de seu país foram tardiamente reconhecidos.
            Na leitura em voz alta desse trecho, normalmente faríamos uma pausa após a palavra país. O uso da vírgula nesse caso, porém, é incorreto porque estaríamos separando o sujeito do verbo.

Como usar a vírgula?

Em enumerações, para separar os elementos que as compõem:
Ex. Machado de Assis foi contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário.
Nosso maior contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário foi Machado de Assis.
(geralmente, o último termo da enumeração vem separado pela conjunção e)
Em intercalações, quando palavras ou expressões se interpõem entre o sujeito e o verbo; entre o verbo e seus complementos (objetos) ou entre verbo e predicativo:
Os funcionários, a pedido do diretor, alteraram o horário.
Os funcionários alteraram, a pedido do diretor, o horário.
Os funcionários estavam, porém, conscientes de seus direitos.
Atenção: quando se trata da intercalação de uma expressão curta, pode-se omitir a vírgula:
Os funcionários alteraram imediatamente o horário da semana.
As crianças comem brincando uma lata de sorvete!
Para separar adjunto adverbial, sempre que ele seja extenso ou quando se quer destacá-lo:
Depois de inúmeras tentativas, desistiu.
Escove os dentes, sempre, e diga adeus às cáries!
Para isolar o predicativo quando não for antecedido por verbo de ligação:
Furioso, levantou-se.
Para isolar aposto:
A minha avó, Maria, era suíça.
Para isolar o vocativo:
Estamos de férias, pessoal!
Para marcar elipse do verbo:
Sua palavra é a verdade; a minha, a lei.
Para separar orações coordenadas, exceto as iniciadas pela conjunção e:
"Sei que ele andou falando em castigo, mas ninguém se impressionou."
(José J. Veiga)
"Quis retroceder, agarrou-se a um armário, cambaleou resistindo ainda e estendeu os braços até a coluna."
(Lygia Fagundes Telles)
Atenção: muitas vezes usa-se a vírgula antes de e, principalmente quando liga orações com sujeitos distintos:
"Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali."
(Graciliano Ramos)
Para dar ênfase, marcando uma pausa maior:
"Disse, e fitou Don'Ana e sorriu para ela."
(Jorge Amado)
Quando forma um polissíndeto:
Levanta, e senta, e vira, e torna a se levantar.
Para isolar orações adjetivas explicativas:
Minha avó, que era francesa, não tolerava grosserias.
Para separar as orações adverbiais e substantivas quando antecedem a oração principal:
"Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado."
(Manuel Bandeira)
Como Cassiano chegou a prefeito, ninguém soube.
Atenção: quando pospostas à oração principal, as orações substantivas, com exceção da apositiva, não vêm separadas por vírgulas:
Ninguém soube como Cassiano chegou a prefeito.
As orações adverbiais pospostas à principal geralmente se separam por vírgula, nem sempre obrigatória:
A chuva não veio, embora todos a esperassem.
As mesmas regras que valem para as orações desenvolvidas valem para as reduzidas:
"Para erguer-se, foi necessária a ajuda do carcereiro."
(Murilo Rubião)

III. Ponto-e-vírgula

            O ponto-e-vírgula é usado basicamente quando se quer dar à frase a pausa e a entoação equivalentes ao ponto, mas não se quer encerrar o período:
"A alma exterior daquele judeu eram os seus ducados; perdê-los equivalia a morrer." (Machado de Assis)

O ponto-e-vírgula também é utilizado para separar itens de uma enumeração:

O plano prevê:

a) internações;
b) exames médicos;
c) consultas com médicos credenciados.

IV. Dois-pontos
          
Usam-se os dois-pontos, geralmente:

Para introduzir uma explicação, um esclarecimento:

"Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro..." (Machado de Assis)

Para introduzir uma citação ou a fala do personagem:

O avô costuma resmungar:
"Quem sai aos seus, não degenera...”.

V. Interrogação e exclamação

O ponto de interrogação marca o fim de uma frase interrogativa direta:
Quem te deu licença?

a) Em perguntas diretas.
Ex.: Como você se chama?
b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação.
Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!

O ponto de exclamação marca o fim de frases optativas, imperativas ou exclamativas (!).

a) Após vocativo.
Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Senhora- Humberto de Campos).
b) Após imperativo.
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição.
Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional.
Ex.: Que pena!
Como era lindo o meu país!

VI. Reticências

            As reticências interrompem a frase, marcando uma pausa longa, com entoação descendente. São usadas basicamente:

a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.
Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.
"Há um roer ali perto... Que é que estarão comendo?" (Dionélio Machado)
b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.
Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...
c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília- José de Alencar)
d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)
e) Para sugerir ironia ou malícia:
"— Se ele até deixou a mulher que tinha, Sinhô.
É um fato. Estou bem informado... — e ria para João Magalhães, lembrando Margot."
(Jorge Amado)

VII. Aspas

a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.

Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual.

Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. (' ')
Então, as aspas são usadas para assinalar citações textuais e para indicar que um termo é gíria, estrangeirismo ou que está sendo usado em sentido figurado:
Outros exemplos: O presidente afirmou em seu discurso: "Toda corrupção será combatida!"
Minha turma é "fissurada" nessa música.

VIII. Travessão e parênteses

Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no nordeste- Graça Aranha).

Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

São usados para esclarecer o significado de um termo:
Granada — último refúgio dos árabes — foi conquistada em 1492.
Granada (último refúgio dos árabes) foi conquistada em 1492.
            Os dois sinais têm basicamente a mesma função, a diferença entre os dois está na entonação, mais pausada no caso do travessão, além do caráter estilístico, mais objetivo no caso dos parênteses.
Intercalar reflexões e comentários à sequência da frase:
Mas agora — pela centésima vez o pensava — não podia admitir aquelas mesquinharias.

O travessão também é usado em diálogos para marcar mudança de interlocutor:

"— Peri sente uma coisa.
— O quê?
— Não ter contas mais bonitas do que estas para dar-te."
(José de Alencar)

Parágrafo — 
Constitui cada uma das secções de frases de um escritor; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.
Colchetes ([])
Utilizados na linguagem científica.
Asterisco (*)
Empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
Barra (/)
 Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
Hífen (−)
Usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes átonos a verbos (menor do que a Meia−Risca)
Exemplo: guarda-roupa

Exercícios
1- De acordo com o enunciado linguístico presente em um anúncio publicitário, responda ao que se pede:
“Só uma coisa pode convencer você a trocar seu Guia Brasil: O guia Brasil 2003.”

Atribua seus conhecimentos ao emprego do sinal de pontuação em evidência justificando o uso do mesmo.
R- A expressão “O guia Brasil 2003” retoma à afirmação feita anteriormente. Desta forma, faz-se necessário o emprego dos dois pontos, por tratar-se de um aposto.
2- Atente-se para o enunciado abaixo, atribuindo-lhe a devida pontuação:
Charles Darwin coletou muitos fósseis na viagem naquela época os fósseis eram considerados restos preservados de animais e vegetais há muito extintos a opinião aceita era que esses fósseis se formavam após uma grande catástrofe como o dilúvio que exterminava muitos seres vivos
         (PARKER, Steve. Darwin e a evolução. São Paulo: Scipione, 2002.p.11. Caminhos da Ciência)
R- Charles Darwin coletou muitos fósseis na viagem, naquela época, os fósseis eram considerados restos preservados de animais e vegetais, há muito extintos. A opinião aceita era que esses fósseis se formavam após uma grande catástrofe, como o dilúvio que exterminava muitos seres vivos.

Fontes bibliográficas:
http://www.tudosobreconcursos.com/pontuacao
Dominique Nascimento dos Santos, Nº9, Turma 2003 -CEBS
Nicolly Rosa Cunha, turma 2001, n° 24 -CEBS
Bruna Castro, n° 05, turma: 2003- CEBS.